sábado, 30 de abril de 2016

Toda publicidade é boa?

Existe uma antiga máxima que fala que não existe má publicidade: toda publicidade é positiva.
No entanto, nos negócios há que se refletir muito sobre essa ideia, na medida em que leva-se anos para construir uma reputação e minutos para destruí-la, ainda mais em tempos de redes sociais.
A seguir interessante artigo da Gláucia Kirch sobre a necessidade de fazer seu negócio aparecer, em tempos de crise.

http://www.baguete.com.br/colunas/glaucia-kirch/26/04/2016/quer-vencer-a-crise-se-mostre


E, afirmando a ideia de que toda publicidade é boa, o artigo da Wharton University:
http://www.knowledgeatwharton.com.br/article/algumas-pesquisas-o-lado-positivo-da-ma-publicidade-gestores-de-fundos-de-hedge-habilidade-x-sorte-alinhando-preco-e-valor/ 

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Internet das Coisas - parte 2

A Procergs divulgou que desenvolveu uma solução IoT (Internet of Things) para acelerar a transferência de dados entre veículos e pontos fixos (balanças de pesagem, postos de fiscalização, etc), para aplicações em logística e muitas outras. Prato bem requentado. Nos anos 90, trabalhei como engenheiro em uma empresa gaúcha que desenvolveu, com tecnologia RFID disponível na época, um sistema de identificação aplicável ao mercado de usinas de álcool e açúcar.

IoT é um nome novo para um conceito antigo. Já foi chamada de "telemetria", "monitoramento remoto", "M2M" (machine-to-machine) e outras designações menos conhecidas.

Nunca foi um mercado tão grande quanto as respectivas promessas... será que agora engrena?

Fonte: Jornal do Comércio, coluna do Affonso Ritter, 25.04.2016.


quinta-feira, 21 de abril de 2016

Acabou a era da Internet ilimitada??? Quem disse?

O presidente da gloriosa Anatel decretou que terminou a era da internet ilimitada. É um “visionário”.

Faço algumas perguntas, responda quem souber (perguntar não ofende, já diziam):


1) Quando surgiu o Napster, toda a indústria fonográfica se voltou contra. Qual foi o resultado? Conseguiram extinguir a troca gratuita de músicas e conteúdo em MP3?


2) O que pode acontecer com o WhatsApp ou Skype se um dia inventassem de limitar as chamadas de voz por tempo?


3) Como seria se o Google começasse a limitar o número de buscas que o usuário pode fazer dentro do mês? Ou o YouTube limitar o número de vídeos?


Claro, como estamos falando de Brasil, coisas como a obrigatoriedade do extintor classe ABC, ou o tal kit de primeiros socorros, acontecem. Por um tempo, depois desaparecem. Pode ser que, por um período, tenhamos que conviver com limite de dados.

Mas a longo prazo, a única coisa que vai acontecer, caso seja permitido limitar o consumo de dados nos planos, é a entrada de novos provedores concorrentes com planos ilimitados a preço acessível. Com a palavra, a Netflix.

terça-feira, 19 de abril de 2016

Livro Outliers, de Malcom Gladwell

Tem certos autores que podem ser lidos sem medo de perder tempo. Malcom Gladwell é, na minha opinião, um desses. Li o "Outliers", interessante livro em que ele analisa aspectos como ambiente, origem e outros que influenciam no sucesso de uma pessoa.
Por exemplo, QI elevado não é garantia de sucesso profissional, e explica porquê.
Outra sacada do livro: a partir da reunião de alguns dados, percebeu que a maior parte dos jogadores de hóquei da liga de elite do país faziam aniversário em janeiro e fevereiro; e por que? Leia o livro, a explicação é surpreendente e nos faz refletir de como somos desatentos com as informações que estão ao nosso redor, e de como raramente usamos a lógica para realmente entender as questões.



quinta-feira, 14 de abril de 2016

Criptografia em toda a web e de graça: este projeto existe e já funciona.

Chama-se "Let's Encrypt" o projeto que promete - sem custo e de forma fácil - tornar qualquer site seguro, não apenas substituindo o protocolo HTTP por HTTPS, mas garantindo a certificação de identidade do site. 

A proposta é bancada pelo Google, Cisco e Akamai, e tocada pelo Internet Security Research Group. A meta é tornar 100% da web "segura". No entanto, como sabemos, o conteúdo disponível aos browsers comuns é apenas parte da web; existe a "deep web", o submundo da Internet. Esta já nasceu com criptografia forte, mas lá dentro ninguém tem identidade. Entonces, o "Let's Encrypt" servirá somente para os 100% da web visível (o que é uma grande coisa).

O artigo completo em http://www.wired.com/2016/04/scheme-encrypt-entire-web-actually-working/


terça-feira, 12 de abril de 2016

Motocontínuo não é viável no planeta Terra

Tem postagens no FB que chamam a atenção pela criatividade. Uma delas é uma geringonça, aparentemente montada com materiais simples, que se propõe a ser um sistema tipo motocontínuo, isto é, fornecida uma determinada energia inicial (o empurrãozinho), a máquina fica se movimentando ad aeternum, sem necessidade de inserir mais energia. Legal.

Ocorre que, nem na teoria e nem na prática, isso é viável ou possível, em nosso planeta, ao menos.

Conforme a teoria da física (isso também pode ser constatado na prática), em um sistema a quantidade de energia é sempre a mesma, sem perdas e sem ganhos, apenas com transformações. Em qualquer máquina, a energia elétrica é transformada em mecânica, em calor, a energia solar é transformada em elétrica, e assim por diante. No entanto, parte da energia é consumida por atrito entre as partes e transformada geralmente em calor, que se dissipa na atmosfera.

No sistema em questão, a energia mecânica seguramente é parcialmente convertida em calor pelo atrito entre as partes de metal, borracha, etc, do equipamento. 

Concluíndo: para manter a máquina se movimentando eternamente, é necessário o contínuo fornecimento de energia ao sistema, para compensar as perdas.



sexta-feira, 8 de abril de 2016

A estrada para Candiota

Esta me contou um paulista que sentou do meu lado durante um voo Porto Alegre – São Paulo.

O Antônio, que é engenheiro e tem uma empresa de prestação de serviços, estava retornando de uma viagem a Candiota, onde foi pleitear, junto ao grupo chinês à frente da obra de uma das fases recentes da termelétrica, um contrato que lhe garantiria dois anos de trabalho forte.

Pegou o voo para Porto Alegre chegando ao fim da tarde, locou um carro e pernoitou na capital. No dia seguinte, pegou a estrada de madrugadinha para o sul do estado, rumo à região carbonífera. Viagem tranquila, chegou cedo, foi bem recebido, conversou com os clientes, almoçou, tudo certo, ótimas perspectivas. Levaram-no a conhecer toda a obra de perto.

Perto do final da tarde, toda a agenda planejada havia sido cumprida e, como tempo é dinheiro, despediu-se, sem maiores formalidades, para retornar logo à capital gaúcha, descansar à noite e voltar a São Paulo na manhã seguinte.
Coincidiu sua partida com a saída do turno do dia, dos trabalhadores da obra. Ao sair do estacionamento da usina, precisou ter cuidado ao trafegar, pois era enorme o número de pedestres atravessando as ruas para dirigir-se aos pontos de parada dos ônibus e vans.

Afastando-se umas poucas dezenas de metros do complexo, já a caminho da estrada de acesso que leva à BR 293, viu três caras pedindo carona, deviam ser operários da obra. Feliz e ainda sob o efeito da euforia que o havia contagiado, devido à excelente reunião, parou o carro e mandou subir. Entraram no carro os três. Estou indo para o trevo de acesso, posso levar vocês até lá, disse. Ninguém respondeu nada.

Acelerou o carro, rodou por uns dois quilômetros e perguntou: como está a obra?

Não sei, respondeu o que estava sentado à frente. Um sentado atrás só encarava o Antônio pelo retrovisor.

Antônio: mas vocês trabalham na usina, certo?

O da frente: não senhor, só estamos passando por aqui, estamos procurando trabalho, mas aqui é difícil para quem é de fora.

O sentado atrás que encarava pelo espelho completou: e mais difícil ainda quando se deve para a Justiça. “Nóis trêis devemo”, completou, sem piscar o olho.

Rapaz, contava o Antônio, senti um frio na espinha, meu coração disparou e a adrenalina foi instantânea. Tenho 50 anos, cara experiente, vivido, nascido e criado na capital paulista, assaltado mais de cinco vezes, saído ileso de todas elas, fui me meter numa enrascada dessas. Eu pensava vou morrer no interior do Rio Grande do Sul, numa estrada deserta, na mão de três matutos, uma morte idiota. Meus amigos vão até fazer piada disso quando souberem, se um dia souberem, o mais certo é que meu corpo jamais apareça e minha mulher fique o resto da vida achando que eu fugi para a Europa com uma amante.

Pensou em inventar que era delegado da PF, mas isso provavelmente não ia servir para nada, poderia até piorar sua situação. A única saída que encontrou foi apontar para a cabeça deles a única arma que eu tinha consigo: o carro. Pisou fundo. O carrinho, um sedan compacto 1.0 berrou e começou a desenvolver velocidade. Nas ultrapassagens, segundo seu relato, nem esperava, tocava em frente, pelo acostamento, se necessário. Pensava: quando chegar num posto de gasolina eu paro e saio correndo. E nada do posto. Estava a 170 por hora, pé no fundo, um deles falou “o senhor tá com pressa hein”. O Antônio pensou ah, filho da mãe, tá com medinho agora, seu merda?

Respondeu que sim, estava com pressa, e que poderia levar eles até Porto Alegre, daquele jeito chegariam logo. Segundo ele, dito isso instalou-se o pânico entre os caroneiros, que logo imploravam para que ele parasse. Rodou naquela corrida ensandecida por mais dez minutos, os sujeitos assustados quase choravam. Finalmente, viu ao longe um refúgio com alguns carros estacionados, acessou e freou de forma brusca, abriu sua porta e saiu correndo.

Disse: nem olhei para trás, disparei na direção dos carros, o pessoal ali me olhava assustado. Expliquei a situação, voltaram comigo no carro. Os três tinham ido embora, sumiram. Não levaram nada, nem a pasta do notebook que estava no porta-malas.

O Antônio finalizou o relato dizendo que o restante da viagem foi tranquilo e que teve bastante tempo para se recuperar do susto. Não vê a hora de chegar em casa, relaxar e esquecer que passou por tudo aquilo.

Nisso, estávamos já sobrevoando São Paulo e o comandante anunciando a descida da aeronave em Guarulhos.

Perguntei: moras onde, Antônio?

No Morumbi, estou com o carro no estacionamento.


Estou indo exatamente para aquela região. Podes me dar uma carona?

quinta-feira, 7 de abril de 2016

O eterno vai e vem do que faz mal e do que faz bem à saúde.

Ligo a TV para ver o noticioso e assisto a uma matéria falando que o ovo faz mal à saúde; leio uma revista e lá está um especialista a defendê-lo. Vou na academia treinar e escuto que o melhor sistema de condicionamento é o crossfit; volto para casa e escuto no rádio um cara dizendo que conheceu uma mulher que morreu durante um treino.

Leio um livro do Osho em que ele fala, resumo da ópera, que meditação é como correr na esteira: te ajuda a desopilar um pouco, mas não te leva a lugar nenhum. Não serve para nada. Que quem medita em busca da felicidade é um idiota, que o lance é ser feliz primeiro, daí a meditação vem automaticamente,

E agora esse artigo? "Seu estilo de vida saudável não te faz necessariamente saudável", segundo o qual os quatro fatores principais de uma boa saúde, segundo se acreditava até agora, a saber:
- atividade física
- qualidade de alimentação
- percentual de gordura corporal
- não fumar
não significam mais nada, segundo pesquisas. Fizeram testes e mais testes com pessoas que praticavam esportes, comiam coisas naturebas, etc, etc e no final adoeceram das mais diversas patologias. Que existem outros fatores, como o ambiente, stress, condicionamento mental e psicológico, que podem pesar muito mais no fator saúde.

E agora, José?

Bom, só resta um caminho: escutar o que o nosso amigo Osho fala e tratar de ser feliz. O resto vem a reboque ou então não tem jeito. E se me dão licença, agora vou dar a minha corrida diária e depois tomar uma cerveja bem gelada...

(artigo completo em http://www.wired.com/2016/04/healthy-lifestyle-wont-necessarily-make-healthier/)


domingo, 3 de abril de 2016

Entrevista com o ambientalista catarinense Tadêu Santos.

Conheci meu amigo Tadêu Santos em 2012, em função da luta por uma causa ambiental da qual participei com ele do mesmo lado da trincheira (pois é, infelizmente na luta em causas ambientais há dois lados, quando deveria haver apenas um).
O Tadêu é natural de Praia Grande, SC, tem 64 anos, é escritor e palestrante; e, principalmente, ambientalista, atividade pela qual é um apaixonado, um estudioso e um guerreiro. Tem um vasto currículo ligado à área.
Atualmente é Coordenador Geral da ONG Sócios da Natureza, Presidente do Conselho Ambiental do Município de Araranguá e Conselheiro do CONAMA pela região Sul (PR, SC e RS).
O Tadêu nos brindou a seguir com sua visão de futuro sobre o tema.


Blog: Há quanto tempo tu és ambientalista? 

Tadêu: Desde 1995 quando passei a veranear no Morro dos Conventos e perceber a ameaça imobiliária ao Santuário Ecológico e Paisagístico em uma sessão na Câmara de Vereadores onde estava em votação a proposta imobiliária da Cecrisa para um empreendimento no lado norte do balneário em direção ao Yate Clube.   

Blog: Na tua visão, quais foram as conquistas mais importantes do movimento de preservação ambiental, nos últimos 10 anos, em nível mundial? 

Tadeu: Um questionamento complicado de difícil resposta em razão da complexidade da situação ou da área abordada, diferentemente se a pergunta fosse quais os retrocessos ambientais... Mas tentarei apontar alguns: a criação de Unidades de Conservação (UC) de áreas de relevância ecológica em vários países; a Conferência das Partes COP pela ONU; as publicações cientificas e literárias como a obra ’’Colapso’’ do Jared Diamond por exemplo.

Blog: E em nível de Brasil?

Tadêu: Penso que no nosso país não houve significativos avanços conquistados pelo movimento de preservação ambiental, até muito pelo contrário, nos últimos anos o movimento ambientalista tem se dispersado, começando pelos coletivos de ONGs, que passaram a ter dificuldade de relacionamento e de subsistência. Talvez alguma ONG estrangeira com recursos possa haver obtido avanços na proteção da Amazônia por exemplo. As resoluções do CONAMA de certa forma contribuem pois normatizam as atividades impactantes.  

Blog: E em nível de Santa Catarina?

Tadêu: Aqui só houve retrocesso, a Federação da Entidades Ecológicas Catarinenses FEEC está em crise e raras ONGs estão atuando de fato no estado. 

Blog: Quais são os maiores desafios para os próximos 10 anos?

Tadêu: Lutar pela preservação dos ecossistemas que formam os nossos biomas acreditando que o resultado proporcione o equilíbrio ecológico e uma melhor qualidade de vida para a população.  

Blog: O povo brasileiro, na tua visão, dá ao movimento de preservação ambiental e sustentabilidade a devida importância?

Tadêu: Pouco, muito pouco, tanto que este é um desafio para quem se dedica voluntariamente na defesa do meio ambiente. 

Blog: No Brasil as energias alternativas, como eólica e solar, vão ocupar espaço relevante ou o petróleo do pré-sal é quem vai ditar os caminhos da energia nacional futura? Qual tua visão disso?

Tadêu: Acredito que as fontes renováveis passarão a ser mais rentáveis que a queima de combustíveis fósseis como o petróleo e o carvão, até porque o Brasil é um país solar e eólico por natureza. 

Blog:  Considerações finais, se quiseres.

Tadêu: Parabéns pela iniciativa e obrigado por me incluíres na sua lista de pessoas preocupadas com o meio ambiente.


Foto: Marx Vamerlatti

sexta-feira, 1 de abril de 2016

Rádios on-line, opção é o que não falta!

Para quem gosta de ouvir rádios pelo mundo afora, sugiro o portal www.radios.com.br, modo fácil de encontrar ótimas alternativas.

As minhas queridas são:
http://www.radios.com.br/aovivo/93.3-FM-ALT-AZ/1246 (Phoenix, AR, rock)
http://www.radios.com.br/aovivo/Eagle-Country-99.3-FM/19678 (Indiana, country)
http://www.radios.com.br/aovivo/Radio-da-Universidade-1080-AM/14157 (Porto Alegre, erudita)
http://www.radios.com.br/aovivo/Bayern-2---88.4-FM/4241 (Munique, Alemanha, folclóricas)
http://www.radios.com.br/aovivo/Apollo-103.5-FM/4177 (Chemnitz, Alemanha, jazz clássico)
http://www.radios.com.br/aovivo/Jazz-Radio-Blues-97.3-FM/12589 (Lyon, França, blues)
http://www.radios.com.br/aovivo/Radio-Contraponto/19152 (Rio, bossa nova)
http://www.radios.com.br/aovivo/Radio-Kiss-102.1-FM/13561 (São Paulo, rock clássico)
http://www.radios.com.br/aovivo/Classic-Rock-102.8-FM/4451 (Saarbrucken, Alemanha, rock clássico)

Tem app para instalar no celular; com o bluetooth, é só conectar no sistema de som do carro, selecionar a rádio, e mandar ver!
Acabou a era de forçar o ouvinte a escutar tanta propaganda e música ruim nas rádios tradicionais locais.