domingo, 24 de julho de 2016

Skyroam: a Internet no bolso.

Já viajei para muitos lugares, no interior do interior do Brasil (sim, isso mesmo, é o interior do interior, vulgo "cafundó"), em que nenhuma operadora de celular tinha (ou tem) cobertura. Passar um dia inteiro sem poder checar e-mails, quando em férias tudo bem, mas a trabalho é inviável. Mesmo quando em visita ao Primeiro Mundo, muitas vezes é um pouco complicado e até caro conseguir se conectar, principalmente logo ao se chegar no país.

Pois a proposta do Skyroam é resolver essa encrenca: Internet por satélite em quase qualquer canto do planeta. E é de boa qualidade, rápida. Custa 8 dólares por dia de uso (não usou, não pagou) para quem tem o aparelhinho (que sai por 100 doletas). Quem quiser alugar o aparelho, é em torno de 10 dólares por dia de uso.

Funciona assim: liga o aparelho Skyroam, ele se conecta aos satélites, ao mesmo tempo que cria uma rede WiFi local, para o usuário conectar-se com seu notebook, smartphone, tablet, relógio ou qualquer outro dispositivo.

O Skyroam tem cobertura no Brasil e amigos que usaram dizem que é muito eficiente e não deixa o usuário na mão, como todas as nossas operadoras de telefonia móvel.

Mais informações: http://www.skyroam.com/




sexta-feira, 8 de julho de 2016

A Alemanha é um canteiro de obras II

Visitando Köln pude confirmar: a economia do país está mesmo bombando. São construções em todo o canto, quase todas grandes. Obra é obra, sempre tem um aspecto bagunçado. Mas olhando bem, com lupa, se vê que os caras aqui têm um planejamento forte: deixam um mínimo de resíduos, baixo desperdício de materiais, muita automação de processos dentro do canteiro, equipe profissional qualificada e bem equipada.

E, principalmente, uma obra é planejada de forma a gerar o menor impacto possível para o trânsito.





quarta-feira, 6 de julho de 2016

Carros elétricos: uma realidade, não tem volta

Fui a um encontro social esses dias aqui na Alemanha, em que alguém falou "em cinco anos, 80% da frota do país será de automóveis elétricos ou ao menos híbridos". Bem possível, a julgar pela quantidade de carros elétricos atualmente nas ruas.

Principalmente a empresa alemã "car2go", uma subsidiária da Daimler, apostou pesado nos carrinhos Smart Fortwo elétricos para fazer funcionar seu negócio de locação de autos sem escritório. Funciona assim: instalas um app no celular, fazes um registro e depositas 9 Euros de crédito inicial. Podes então, pelo aplicativo, localizar um carro que esteja estacionado e disponível nas tuas proximidades. Encontrado o carro, um comando remoto lhe abre as portas e o habilita a rodar. Depois de dirigir, é só estacionar o veículo na rua mesmo, para que outro usuário o possa utilizar. O tempo de uso é debitado da tua conta, que está ligada a algum meio de pagamento (cartão de crédito, PayPal e outros).

Simples assim. Para reabastecer, tem tomadas elétricas em vários locais da cidade.

Funcionaria no Brasil? Responda quem puder.




terça-feira, 5 de julho de 2016

A Porto Alegre que só conheci nos livros do Érico Veríssimo e Mário Quintana

Imagine uma cidade grande. Durante o dia, pessoas circulando na rua, carros para cima e para baixo, comércio de rua forte e próspero. À noite, menos gente, alguns sentados em bancos de praças centrais, namorando, conversando, tomando um sorvete. 

Cinemas clássicos em seus prédios charmosos funcionando com sessões noturnas. Galerias comerciais (as bisavós dos shopping centers) com seus cafés e lojinhas de artigos diversos. Numa esquina um músico toca violão e canta uma canção folclórica.

Conheci quando criança uma cidade assim: era a Porto Alegre dos livros do Veríssimo e do Mário Quintana, que eu não tivera a chance de ver com meus olhos (meu pai, talvez).

Mas fico feliz de presenciar isso tudo aqui na Alemanha. Resolvi sair à noite, no meio da semana, em Stuttgart. Após as 20h, ela vira uma cidade pequena de interior: pacata, segura, carinhosa.




quarta-feira, 29 de junho de 2016

A Alemanha é um canteiro de obras.

Caminho por entre as ruas de Stuttgart, cidade que foi completamente destruída na 2a grande guerra. Nem parece. A História está aqui, para todos. Cidade moderna, cultural, vibrante, respeita e estuda o passado mas mira o futuro.
A quantidade de obras de infraestrutura chama a atenção de quem passa. São novas estações, pontes, estradas, prédios. Disseram alguns amigos que aqui residem há décadas, que o país todo está assim, um canteiro de obras. Economia forte é isso aí. Os alemães sempre fizeram bem sua lição de casa.











terça-feira, 10 de maio de 2016

Braskem Labs - última semana para inscrição de projetos inovadores!

Esta é a última semana para as inscrições do Braskem Labs 2016, o programa de incentivo a empreendedores da Braskem em parceria com a Endeavor.
O que procuramos?
  • Negócios de alto impacto social e inovadores
  • Utilizam plástico ou componentes químicos em sua solução
  • Empreendedores com brilho nos olhos e capacidade de execução comprovada
As inscrições devem ser feitas através do link www.braskemlabs.com/cadastro
Os projetos selecionados serão divulgados em junho, mesmo mês em que se iniciam os quatro meses de capacitação.
Porque participar do Braskem Labs?
  • Capacitação personalizada
  • Networking com empreendedores e mentores Braskem e Endeavor
  • Acesso a profissionais e executivos de diversos setores
  • Possibilidade de tornar-se parceiros da Braskem
Nova categoria
Especialmente este ano abrimos uma categoria para soluções de combate ao Aedes aegypti, que não precisam ter relação com a química ou com o plástico.
E ai? Tem um negócio que melhora a vida das pessoas?


sábado, 30 de abril de 2016

Toda publicidade é boa?

Existe uma antiga máxima que fala que não existe má publicidade: toda publicidade é positiva.
No entanto, nos negócios há que se refletir muito sobre essa ideia, na medida em que leva-se anos para construir uma reputação e minutos para destruí-la, ainda mais em tempos de redes sociais.
A seguir interessante artigo da Gláucia Kirch sobre a necessidade de fazer seu negócio aparecer, em tempos de crise.

http://www.baguete.com.br/colunas/glaucia-kirch/26/04/2016/quer-vencer-a-crise-se-mostre


E, afirmando a ideia de que toda publicidade é boa, o artigo da Wharton University:
http://www.knowledgeatwharton.com.br/article/algumas-pesquisas-o-lado-positivo-da-ma-publicidade-gestores-de-fundos-de-hedge-habilidade-x-sorte-alinhando-preco-e-valor/ 

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Internet das Coisas - parte 2

A Procergs divulgou que desenvolveu uma solução IoT (Internet of Things) para acelerar a transferência de dados entre veículos e pontos fixos (balanças de pesagem, postos de fiscalização, etc), para aplicações em logística e muitas outras. Prato bem requentado. Nos anos 90, trabalhei como engenheiro em uma empresa gaúcha que desenvolveu, com tecnologia RFID disponível na época, um sistema de identificação aplicável ao mercado de usinas de álcool e açúcar.

IoT é um nome novo para um conceito antigo. Já foi chamada de "telemetria", "monitoramento remoto", "M2M" (machine-to-machine) e outras designações menos conhecidas.

Nunca foi um mercado tão grande quanto as respectivas promessas... será que agora engrena?

Fonte: Jornal do Comércio, coluna do Affonso Ritter, 25.04.2016.


quinta-feira, 21 de abril de 2016

Acabou a era da Internet ilimitada??? Quem disse?

O presidente da gloriosa Anatel decretou que terminou a era da internet ilimitada. É um “visionário”.

Faço algumas perguntas, responda quem souber (perguntar não ofende, já diziam):


1) Quando surgiu o Napster, toda a indústria fonográfica se voltou contra. Qual foi o resultado? Conseguiram extinguir a troca gratuita de músicas e conteúdo em MP3?


2) O que pode acontecer com o WhatsApp ou Skype se um dia inventassem de limitar as chamadas de voz por tempo?


3) Como seria se o Google começasse a limitar o número de buscas que o usuário pode fazer dentro do mês? Ou o YouTube limitar o número de vídeos?


Claro, como estamos falando de Brasil, coisas como a obrigatoriedade do extintor classe ABC, ou o tal kit de primeiros socorros, acontecem. Por um tempo, depois desaparecem. Pode ser que, por um período, tenhamos que conviver com limite de dados.

Mas a longo prazo, a única coisa que vai acontecer, caso seja permitido limitar o consumo de dados nos planos, é a entrada de novos provedores concorrentes com planos ilimitados a preço acessível. Com a palavra, a Netflix.

terça-feira, 19 de abril de 2016

Livro Outliers, de Malcom Gladwell

Tem certos autores que podem ser lidos sem medo de perder tempo. Malcom Gladwell é, na minha opinião, um desses. Li o "Outliers", interessante livro em que ele analisa aspectos como ambiente, origem e outros que influenciam no sucesso de uma pessoa.
Por exemplo, QI elevado não é garantia de sucesso profissional, e explica porquê.
Outra sacada do livro: a partir da reunião de alguns dados, percebeu que a maior parte dos jogadores de hóquei da liga de elite do país faziam aniversário em janeiro e fevereiro; e por que? Leia o livro, a explicação é surpreendente e nos faz refletir de como somos desatentos com as informações que estão ao nosso redor, e de como raramente usamos a lógica para realmente entender as questões.



quinta-feira, 14 de abril de 2016

Criptografia em toda a web e de graça: este projeto existe e já funciona.

Chama-se "Let's Encrypt" o projeto que promete - sem custo e de forma fácil - tornar qualquer site seguro, não apenas substituindo o protocolo HTTP por HTTPS, mas garantindo a certificação de identidade do site. 

A proposta é bancada pelo Google, Cisco e Akamai, e tocada pelo Internet Security Research Group. A meta é tornar 100% da web "segura". No entanto, como sabemos, o conteúdo disponível aos browsers comuns é apenas parte da web; existe a "deep web", o submundo da Internet. Esta já nasceu com criptografia forte, mas lá dentro ninguém tem identidade. Entonces, o "Let's Encrypt" servirá somente para os 100% da web visível (o que é uma grande coisa).

O artigo completo em http://www.wired.com/2016/04/scheme-encrypt-entire-web-actually-working/


terça-feira, 12 de abril de 2016

Motocontínuo não é viável no planeta Terra

Tem postagens no FB que chamam a atenção pela criatividade. Uma delas é uma geringonça, aparentemente montada com materiais simples, que se propõe a ser um sistema tipo motocontínuo, isto é, fornecida uma determinada energia inicial (o empurrãozinho), a máquina fica se movimentando ad aeternum, sem necessidade de inserir mais energia. Legal.

Ocorre que, nem na teoria e nem na prática, isso é viável ou possível, em nosso planeta, ao menos.

Conforme a teoria da física (isso também pode ser constatado na prática), em um sistema a quantidade de energia é sempre a mesma, sem perdas e sem ganhos, apenas com transformações. Em qualquer máquina, a energia elétrica é transformada em mecânica, em calor, a energia solar é transformada em elétrica, e assim por diante. No entanto, parte da energia é consumida por atrito entre as partes e transformada geralmente em calor, que se dissipa na atmosfera.

No sistema em questão, a energia mecânica seguramente é parcialmente convertida em calor pelo atrito entre as partes de metal, borracha, etc, do equipamento. 

Concluíndo: para manter a máquina se movimentando eternamente, é necessário o contínuo fornecimento de energia ao sistema, para compensar as perdas.



sexta-feira, 8 de abril de 2016

A estrada para Candiota

Esta me contou um paulista que sentou do meu lado durante um voo Porto Alegre – São Paulo.

O Antônio, que é engenheiro e tem uma empresa de prestação de serviços, estava retornando de uma viagem a Candiota, onde foi pleitear, junto ao grupo chinês à frente da obra de uma das fases recentes da termelétrica, um contrato que lhe garantiria dois anos de trabalho forte.

Pegou o voo para Porto Alegre chegando ao fim da tarde, locou um carro e pernoitou na capital. No dia seguinte, pegou a estrada de madrugadinha para o sul do estado, rumo à região carbonífera. Viagem tranquila, chegou cedo, foi bem recebido, conversou com os clientes, almoçou, tudo certo, ótimas perspectivas. Levaram-no a conhecer toda a obra de perto.

Perto do final da tarde, toda a agenda planejada havia sido cumprida e, como tempo é dinheiro, despediu-se, sem maiores formalidades, para retornar logo à capital gaúcha, descansar à noite e voltar a São Paulo na manhã seguinte.
Coincidiu sua partida com a saída do turno do dia, dos trabalhadores da obra. Ao sair do estacionamento da usina, precisou ter cuidado ao trafegar, pois era enorme o número de pedestres atravessando as ruas para dirigir-se aos pontos de parada dos ônibus e vans.

Afastando-se umas poucas dezenas de metros do complexo, já a caminho da estrada de acesso que leva à BR 293, viu três caras pedindo carona, deviam ser operários da obra. Feliz e ainda sob o efeito da euforia que o havia contagiado, devido à excelente reunião, parou o carro e mandou subir. Entraram no carro os três. Estou indo para o trevo de acesso, posso levar vocês até lá, disse. Ninguém respondeu nada.

Acelerou o carro, rodou por uns dois quilômetros e perguntou: como está a obra?

Não sei, respondeu o que estava sentado à frente. Um sentado atrás só encarava o Antônio pelo retrovisor.

Antônio: mas vocês trabalham na usina, certo?

O da frente: não senhor, só estamos passando por aqui, estamos procurando trabalho, mas aqui é difícil para quem é de fora.

O sentado atrás que encarava pelo espelho completou: e mais difícil ainda quando se deve para a Justiça. “Nóis trêis devemo”, completou, sem piscar o olho.

Rapaz, contava o Antônio, senti um frio na espinha, meu coração disparou e a adrenalina foi instantânea. Tenho 50 anos, cara experiente, vivido, nascido e criado na capital paulista, assaltado mais de cinco vezes, saído ileso de todas elas, fui me meter numa enrascada dessas. Eu pensava vou morrer no interior do Rio Grande do Sul, numa estrada deserta, na mão de três matutos, uma morte idiota. Meus amigos vão até fazer piada disso quando souberem, se um dia souberem, o mais certo é que meu corpo jamais apareça e minha mulher fique o resto da vida achando que eu fugi para a Europa com uma amante.

Pensou em inventar que era delegado da PF, mas isso provavelmente não ia servir para nada, poderia até piorar sua situação. A única saída que encontrou foi apontar para a cabeça deles a única arma que eu tinha consigo: o carro. Pisou fundo. O carrinho, um sedan compacto 1.0 berrou e começou a desenvolver velocidade. Nas ultrapassagens, segundo seu relato, nem esperava, tocava em frente, pelo acostamento, se necessário. Pensava: quando chegar num posto de gasolina eu paro e saio correndo. E nada do posto. Estava a 170 por hora, pé no fundo, um deles falou “o senhor tá com pressa hein”. O Antônio pensou ah, filho da mãe, tá com medinho agora, seu merda?

Respondeu que sim, estava com pressa, e que poderia levar eles até Porto Alegre, daquele jeito chegariam logo. Segundo ele, dito isso instalou-se o pânico entre os caroneiros, que logo imploravam para que ele parasse. Rodou naquela corrida ensandecida por mais dez minutos, os sujeitos assustados quase choravam. Finalmente, viu ao longe um refúgio com alguns carros estacionados, acessou e freou de forma brusca, abriu sua porta e saiu correndo.

Disse: nem olhei para trás, disparei na direção dos carros, o pessoal ali me olhava assustado. Expliquei a situação, voltaram comigo no carro. Os três tinham ido embora, sumiram. Não levaram nada, nem a pasta do notebook que estava no porta-malas.

O Antônio finalizou o relato dizendo que o restante da viagem foi tranquilo e que teve bastante tempo para se recuperar do susto. Não vê a hora de chegar em casa, relaxar e esquecer que passou por tudo aquilo.

Nisso, estávamos já sobrevoando São Paulo e o comandante anunciando a descida da aeronave em Guarulhos.

Perguntei: moras onde, Antônio?

No Morumbi, estou com o carro no estacionamento.


Estou indo exatamente para aquela região. Podes me dar uma carona?

quinta-feira, 7 de abril de 2016

O eterno vai e vem do que faz mal e do que faz bem à saúde.

Ligo a TV para ver o noticioso e assisto a uma matéria falando que o ovo faz mal à saúde; leio uma revista e lá está um especialista a defendê-lo. Vou na academia treinar e escuto que o melhor sistema de condicionamento é o crossfit; volto para casa e escuto no rádio um cara dizendo que conheceu uma mulher que morreu durante um treino.

Leio um livro do Osho em que ele fala, resumo da ópera, que meditação é como correr na esteira: te ajuda a desopilar um pouco, mas não te leva a lugar nenhum. Não serve para nada. Que quem medita em busca da felicidade é um idiota, que o lance é ser feliz primeiro, daí a meditação vem automaticamente,

E agora esse artigo? "Seu estilo de vida saudável não te faz necessariamente saudável", segundo o qual os quatro fatores principais de uma boa saúde, segundo se acreditava até agora, a saber:
- atividade física
- qualidade de alimentação
- percentual de gordura corporal
- não fumar
não significam mais nada, segundo pesquisas. Fizeram testes e mais testes com pessoas que praticavam esportes, comiam coisas naturebas, etc, etc e no final adoeceram das mais diversas patologias. Que existem outros fatores, como o ambiente, stress, condicionamento mental e psicológico, que podem pesar muito mais no fator saúde.

E agora, José?

Bom, só resta um caminho: escutar o que o nosso amigo Osho fala e tratar de ser feliz. O resto vem a reboque ou então não tem jeito. E se me dão licença, agora vou dar a minha corrida diária e depois tomar uma cerveja bem gelada...

(artigo completo em http://www.wired.com/2016/04/healthy-lifestyle-wont-necessarily-make-healthier/)


domingo, 3 de abril de 2016

Entrevista com o ambientalista catarinense Tadêu Santos.

Conheci meu amigo Tadêu Santos em 2012, em função da luta por uma causa ambiental da qual participei com ele do mesmo lado da trincheira (pois é, infelizmente na luta em causas ambientais há dois lados, quando deveria haver apenas um).
O Tadêu é natural de Praia Grande, SC, tem 64 anos, é escritor e palestrante; e, principalmente, ambientalista, atividade pela qual é um apaixonado, um estudioso e um guerreiro. Tem um vasto currículo ligado à área.
Atualmente é Coordenador Geral da ONG Sócios da Natureza, Presidente do Conselho Ambiental do Município de Araranguá e Conselheiro do CONAMA pela região Sul (PR, SC e RS).
O Tadêu nos brindou a seguir com sua visão de futuro sobre o tema.


Blog: Há quanto tempo tu és ambientalista? 

Tadêu: Desde 1995 quando passei a veranear no Morro dos Conventos e perceber a ameaça imobiliária ao Santuário Ecológico e Paisagístico em uma sessão na Câmara de Vereadores onde estava em votação a proposta imobiliária da Cecrisa para um empreendimento no lado norte do balneário em direção ao Yate Clube.   

Blog: Na tua visão, quais foram as conquistas mais importantes do movimento de preservação ambiental, nos últimos 10 anos, em nível mundial? 

Tadeu: Um questionamento complicado de difícil resposta em razão da complexidade da situação ou da área abordada, diferentemente se a pergunta fosse quais os retrocessos ambientais... Mas tentarei apontar alguns: a criação de Unidades de Conservação (UC) de áreas de relevância ecológica em vários países; a Conferência das Partes COP pela ONU; as publicações cientificas e literárias como a obra ’’Colapso’’ do Jared Diamond por exemplo.

Blog: E em nível de Brasil?

Tadêu: Penso que no nosso país não houve significativos avanços conquistados pelo movimento de preservação ambiental, até muito pelo contrário, nos últimos anos o movimento ambientalista tem se dispersado, começando pelos coletivos de ONGs, que passaram a ter dificuldade de relacionamento e de subsistência. Talvez alguma ONG estrangeira com recursos possa haver obtido avanços na proteção da Amazônia por exemplo. As resoluções do CONAMA de certa forma contribuem pois normatizam as atividades impactantes.  

Blog: E em nível de Santa Catarina?

Tadêu: Aqui só houve retrocesso, a Federação da Entidades Ecológicas Catarinenses FEEC está em crise e raras ONGs estão atuando de fato no estado. 

Blog: Quais são os maiores desafios para os próximos 10 anos?

Tadêu: Lutar pela preservação dos ecossistemas que formam os nossos biomas acreditando que o resultado proporcione o equilíbrio ecológico e uma melhor qualidade de vida para a população.  

Blog: O povo brasileiro, na tua visão, dá ao movimento de preservação ambiental e sustentabilidade a devida importância?

Tadêu: Pouco, muito pouco, tanto que este é um desafio para quem se dedica voluntariamente na defesa do meio ambiente. 

Blog: No Brasil as energias alternativas, como eólica e solar, vão ocupar espaço relevante ou o petróleo do pré-sal é quem vai ditar os caminhos da energia nacional futura? Qual tua visão disso?

Tadêu: Acredito que as fontes renováveis passarão a ser mais rentáveis que a queima de combustíveis fósseis como o petróleo e o carvão, até porque o Brasil é um país solar e eólico por natureza. 

Blog:  Considerações finais, se quiseres.

Tadêu: Parabéns pela iniciativa e obrigado por me incluíres na sua lista de pessoas preocupadas com o meio ambiente.


Foto: Marx Vamerlatti

sexta-feira, 1 de abril de 2016

Rádios on-line, opção é o que não falta!

Para quem gosta de ouvir rádios pelo mundo afora, sugiro o portal www.radios.com.br, modo fácil de encontrar ótimas alternativas.

As minhas queridas são:
http://www.radios.com.br/aovivo/93.3-FM-ALT-AZ/1246 (Phoenix, AR, rock)
http://www.radios.com.br/aovivo/Eagle-Country-99.3-FM/19678 (Indiana, country)
http://www.radios.com.br/aovivo/Radio-da-Universidade-1080-AM/14157 (Porto Alegre, erudita)
http://www.radios.com.br/aovivo/Bayern-2---88.4-FM/4241 (Munique, Alemanha, folclóricas)
http://www.radios.com.br/aovivo/Apollo-103.5-FM/4177 (Chemnitz, Alemanha, jazz clássico)
http://www.radios.com.br/aovivo/Jazz-Radio-Blues-97.3-FM/12589 (Lyon, França, blues)
http://www.radios.com.br/aovivo/Radio-Contraponto/19152 (Rio, bossa nova)
http://www.radios.com.br/aovivo/Radio-Kiss-102.1-FM/13561 (São Paulo, rock clássico)
http://www.radios.com.br/aovivo/Classic-Rock-102.8-FM/4451 (Saarbrucken, Alemanha, rock clássico)

Tem app para instalar no celular; com o bluetooth, é só conectar no sistema de som do carro, selecionar a rádio, e mandar ver!
Acabou a era de forçar o ouvinte a escutar tanta propaganda e música ruim nas rádios tradicionais locais.


quarta-feira, 30 de março de 2016

Artigo muito interessante de Gladis Costa: Conheça a Persona Buyer de seu Cliente.

Conheça a Persona Buyer de seu Cliente para Vender Mais!








Gladis Costa

“Uma amizade criada nos negócios é melhor do que negócios criados na amizade” 
John Davison Rockefeller, investidor e filantropo americano

 Conversando algum tempo atrás com Matheus Terra, da PTC, profissional com sólida vivência na área de negócios, perguntei qual era o segredo do sucesso. “Não existem segredos”, ele respondeu, “mas algumas práticas que, bem aplicadas, aumentam as chances de se tornarem histórias de sucesso”, ou seja: “negócio fechado”.
O que Mateus ensina não são técnicas apenas para a área de TI, na qual atua, mas técnicas que podem ser utilizadas em qualquer segmento, pois todo mundo vende algo o tempo todo – uma ideia, uma estratégia, um produto ou uma causa. Basicamente, somos vendedores full-time.

Estratégia e Operações
Matheus explica que podemos analisar o cliente a partir de duas perspectivas distintas, mas igualmente importantes. A primeira é a operacional. Se a oferta do produto ficar confinada neste ambiente, as chances de se tornar um negócio viável são pequenas, isso porque a proposta pode não chegar ao nível estratégico, que tem o poder de decisão. É como um vendedor apresentando um carro para um jovem de 18 anos. Por mais que o jovem se sinta atraído e que o carro seja objeto de seu desejo, essa venda pode não ser realizada porque o jovem não tem poder de compra. Ele sabe o que carro é bom, recomenda, adora, mas não tem a verba. Como se diz no jargão de vendas, “não assina o cheque”.
Já o nível estratégico, que precisa conjugar as iniciativas de aquisição de produtos aos objetivos estratégicos da empresa, tem desafios e prioridades e será cobrado por isto. Ele não pensa só no presente, mas quanto o investimento impactará nas necessidades do negócio. Quanto antes o profissional de negócios interagir com os profissionais deste ambiente, entender a estratégia de negócios da empresa, compreender as esferas de poder ou quem é quem na linha de comando, muito melhor. Ele precisa ter uma ideia de como funciona o processo de decisão, o tempo de maturação de projetos e como a empresa opera como um todo. São níveis de interação que precisam ser considerados durante todo o ciclo de vendas.
Engajamento
De acordo com o Matheus, o processo de TI – como qualquer outro - requer um sponsor - alguém que tenha interesse no projeto e força política para fazer acontecer. Às vezes o sponsor  é o principal executivo da empresa, mas pode ser um gerente. Ele agrega força e relevância e pode defender a aquisição do produto, porém, estabelecer uma rede de contatos e manter com ela um relacionamento consistente é uma boa estratégia. Isto não significa ligar todo dia para fazer um simples follow up, mas enviar informação relevante, convidar para ações estratégicas e valiosas. É preciso agregar valor. A venda é consequência de um relacionamento de confiança.
Outro ponto que ele destaca é a postura que adotamos mediante determinadas hierarquias. Nossos comandos internos às vezes nos impedem de ligar para o CEO ou o diretor, simplesmente porque pré-conceitos como “ele não vai me atender”, ou “ele deve estar muito ocupado” criam uma barreira quase intransponível, ainda que muitas vezes tais limites só existam dentro de nós mesmos.

Persona Buyer
Basicamente transitar entre o nível operacional e estratégico tem a ver com o fato de conhecer as “personas buyers”, prospects que tem perfis similares e que estão inseridos numa jornada de compra (buyer´s journey). Elas podem estar em níveis diferentes de maturação - reconhecimento do problema, análise & consideração e decisão - e é baseado no estágio desta jornada que o conteúdo deve ser desenvolvido e apresentado, pois cada prospect requer um tipo de informação - pode ser relativa à sua marca, produto, mercado, indústria, demonstrações, solicitação de benchmarks, webcasts  e cases de sucesso, para citar algumas formas. Não dá para falar com todo o mercado, ao mesmo tempo, sobre o mesmo assunto. Conteúdo relevante e adequado é tudo o que uma empresa precisa para falar com o público certo, no momento em que ele quer receber a informação. É preciso atrair e não disseminar informação sem estratégia. Tempo é dinheiro: premissa válida para os dois lados da mesa.
Conhecer a persona buyer - e suas demandas - leva tempo, mas aumenta exponencialmente as chances de sucesso. Empresas não compram, pessoas compram. Conheça seu público e ofereça (só) o que ele estiver procurando. 
Business is all about people! Richard Branson, fundador do grupo Virgin

Fonte: http://www.baguete.com.br/colunas/gladis-costa/13/03/2016/conheca-a-persona-buyer-de-seu-cliente-para-vender-mais


terça-feira, 29 de março de 2016

Entrevista com o jovem cientista Luiz "Hendrix" Hendrischky

O jovem cientista Luiz Guilherme Hendrischky, 23 anos, nascido no Rio de Janeiro e residente em São Leopoldo há 8 anos, torcedor do Flamengo, tem um sonho: ver sua área, a biomedicina, bombar no Brasil.

Ele conquistou a oportunidade de estudar durante 18 meses na State University of New York at Plattsburgh, NY e na Harvard Medical Schools em Boston, MA, pelo programa Ciência sem Fronteiras, no ano de 2014.

A seguir entrevista que ele gentilmente concedeu a este blog, compartilhando um pouco dessa experiência fantástica que viveu.


Blog: Com relação à tua experiência de estudar em outro país, o que mais te chamou a atenção na cultura dos estudantes estadunidenses? Como eles pensam com relação ao futuro?

Luiz Guilherme: Os estudantes norte-americanos possuem uma mentalidade totalmente diferente da que vemos nos estudantes brasileiros. Desde pequeno eles sofrem "pressão" para serem bem-sucedidos arrumando bons empregos. Muitas pessoas não sabem, mas para um americano conseguir uma vaga em uma universidade é sempre uma grande vitória. O porquê disso é que não existe ensino superior público! Todas as universidades são pagas. Então, desde pequeno a família faz uma poupança para quando chegar a hora de o filho entrar no ensino superior. A maioria dos americanos que conheci foca todos os esforços em arrumar um emprego ao se formarem. É um pouco difícil ver pessoas que pretendem fazer Mestrado/Doutorado; na maioria das vezes, essa opção só se torna disponível quando eles não conseguem emprego (e também não é garantido que eles consigam entrar em um programa de PhD, em que há uma seleção muito rigorosa). Essa "fome" de conseguir um emprego foi o que mais me chamou atenção na cultura dos estudantes.

Blog: Na tua visão, o que a nossa sociedade tem a aprender com a dos Estados Unidos? E o que nós temos a ensiná-los como sociedade?

Luiz Guilherme: A sociedade americana é, na maioria das vezes, fria em relação a contatos pessoais. Eles são reservados, gostam de ficar com a família e pessoas mais próximas. Talvez venha daí a fama de que o americano é "seco". Mas é cultural, devemos respeitar! Agora, o que eles têm de "secos", eles têm de EDUCADOS. Eles sabem falar "por favor", "desculpa", com licença"... às vezes até demais! As ruas são limpas, as estradas asfaltadas e tudo funciona. O que precisamos aprender com os EUA é fazer com que o nosso sistema (governo, prefeituras, políticos etc.) funcione. Que as leis sejam aplicadas em todas as situações, que os políticos não sejam corrompidos e criem projetos para melhorar o país, que tenha investimento em todos os níveis do Brasil. A gente precisa de um país produtivo e de um povo que consiga os seus direitos básicos sem se preocupar. Talvez o que nós podemos ensiná-los como sociedade é lembrá-los de que existe um mundo fora dos EUA. A maioria não sabe da existência de outros lugares (não há muito interesse), deveriam se interessar um pouco mais por outros países. 

Blog: O que tu gostarias de ter sabido ANTES de ter ido estudar no exterior? Que diferença teria feito?

Luiz Guilherme: Que eu seria TOTALMENTE INDEPENDENTE, que não deveria contar com a ajuda de ninguém se precisasse. Talvez teria me preparado mais psicologicamente para viver sozinho. Mas isso teve os seus pontos positivos: consegui me virar com todos os problemas que apareceram e amadureci muito.

Blog: Como está o mercado brasileiro na tua área e quais as perspectivas?

Luiz Guilherme: O mercado brasileiro na Biomedicina está crescendo. A profissão possui mais de 35 áreas diferentes de atuação, basta escolher o caminho mais adequado para cada um. Pretendo seguir na área de pesquisa e, infelizmente, não está muito promissor. As bolsas são baixas e o investimento também! Espero que isso mude com o tempo. Temos incríveis cientistas no Brasil, eles só precisam de INVESTIMENTO para conseguirem produzir. Meu objetivo é fazer meu Doutorado nos EUA, de preferência em Harvard.

Blog: Como tu comparas Brasil e Estados Unidos, no teu campo?

Luiz Guilherme: Para minha área, ir para os EUA é o sonho da maioria. Lá você encontra os melhores laboratórios, muito investimento (inclusive de empresas privadas) e as tecnologias mais novas. Sem dúvidas, lá é extremamente superior ao Brasil.

Blog: Na tua visão, onde devem ser feitos investimentos para que o Brasil seja uma referência mundial no campo da biomedicina?

Luiz Guilherme: Precisamos de investimento em todas as bases da ciência brasileira. O que me fascina na Biomedicina é que podemos trabalhar em várias áreas e com diferentes profissionais. Acredito que se houver investimento para todos que fazem ciência, a classe inteira irá se beneficiar e, assim, poderá haver troca de conhecimento, de técnicas e ajuda.

Blog: Comentários finais, se quiseres.

Luiz Guilherme: Gostaria de agradecer a você, Armando, por me entrevistar. Gostei muito de responder todas as perguntas! E convido todos à conhecerem meu canal no YouTube, "Luiz Hendrix" (www.youtube.com/luizhendrix).


Outros meios de conferir a presença digital do Luiz Guilherme:
www.facebook.com/hendrixluiz
www.facebook.com/VidaDeBiomedico